[Aventura] Contato Natural

Os guardas barravam a elfa, não deixariam sair do vilarejo sem alguma explicação. Geralmente pessoas armadas que se afastam do vilarejo, trazem inimigos para cá. Os guardas, pelo menos a maioria, ficavam em frente a elfa e a encaravam. Eles estavam armados, com uma cimitarra cada. Suas armaduras eram estranhas, não achavam as mesmas para vender em tudo que é lugar. Tinham detalhes vermelhos e suas cores principais era o preto, que cobria a maior parte do corpo. Um dos guardas tossia algumas vezes, se preparando para falar.

- Me desculpe moça, mas precisamos de alguma explicação para sair do vilarejo. Sabe, não queremos encrencas. Então se for para sair aí caçando alguém e arriscar o nome do vilarejo, poderá ser banida de Haradus agora mesmo !

O guarda que acaba de tossir dizia, aumentam o tom de voz no final da frase. Os outros guardavam voltavam ao trabalho, sobrando apenas dois a sua frente, aguardando a reação da elfa.

A elfa estava prestes a sair da vila, quando foi parada por um guarda. Ela apenas entendeu que ele não deixaria ela passar sem explicação, mas uma parte da frase do guarda ecoou em sua cabeça:

Se for para sair aí caçando alguém e arriscar o nome do vilarejo, poderá ser banida de Haradus agora mesmo !

Ao ouvir essa parte da frase, ela baixou a cabeça, cerrou os punhos, mas se controlou. A sua má fama voltava a persegui-la, e isto a enfurecia. Ela ficou parada por mais ou menos uns 10 segundos, olhou levemente para o guarda, e falou:

- Não sou de fazer isso. Apenas vou passar um tempo na floresta, para esfriar minha cabeça, e treinar um pouco minha habilidade como arqueira. Eu não planejo ter ninguém como um alvo.

A elfa não havia levantado a cabeça completamente ainda. Apenas esperava uma resposta do guarda, para sair do vilarejo. Ela tentava se controlar, pois deveria manter a paciência durante sua jornada. Para se acalmar, ela tirou a sua flauta da mochila, e começou a tocá-la, ignorando a presença dos guardas ali.

Os guardas se olhavam e um deles começa a rir discretamente. Logo o mesmo dizia:

- Capaz que a elfa que matou os assassinos de seus país, irá matar alguém. Relaxa Eric... haha

Ambos começavam a rir, discretamente. Mas ambos eram desajeitados, era impossível não perceber suas gargalhas. Enfim os dois saíam de sua frente e deixavam a passagem livre.

A elfa, ainda de cabeça baixa, percebe que os guardas riam dela, mas ela acabou ignorando, pois viu seu caminho livre. Ainda tocando a sua flauta, seguiu andando, saindo da vila, em direção à floresta. Após passar pelos guardas, a elfa olhou levemente para o guarda que havia feito a piada, mas logo depois olhou para a frente, enquanto murmurava:

- Seu trabalho é controlar a entrada e saída de pessoas, e não fazer piadas sobre as mesmas.

Mesmo murmurando, a elfa queria que o guarda ouvisse, mas achou que gritar para o guarda só resultaria em problemas, então ela continuou andando. Após um tempo de caminhada, ela chegou na floresta, se encostou em uma árvore, fechou seus olhos, e começou a tocar sua flauta. Ela sentia-se calma, e poderia fazer aquilo pelo resto do dia, ou da noite, naquele caso.

OFF: Tenho a leve impressão que serei parado naquele murmúrio e.e